tag:blogger.com,1999:blog-5593288913747572032024-03-09T18:45:10.987-08:00Pedagogia na CabeçaJuliana Barcellihttp://www.blogger.com/profile/08341052015234387116noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-559328891374757203.post-8755236065872862982009-08-19T11:24:00.000-07:002009-08-19T11:40:38.129-07:00Estatuto Epistemológico da Pedagogia<span style="font-size:100%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3K409ZESzVfQIHZ8eeDKPgWHxiaW7NgTn53WhPy-_1i2AFaOYGCv12OS2v_DI4qnWiT7Ajo_7YtKN1_g2EZzbvpyMcwhuGAm77anzd4Xe1wf-AuHt-cJO5kacrJ_S7FmgqGPMPpABIuQb/s1600-h/Escola.gif"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 149px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3K409ZESzVfQIHZ8eeDKPgWHxiaW7NgTn53WhPy-_1i2AFaOYGCv12OS2v_DI4qnWiT7Ajo_7YtKN1_g2EZzbvpyMcwhuGAm77anzd4Xe1wf-AuHt-cJO5kacrJ_S7FmgqGPMPpABIuQb/s200/Escola.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5371744869765778290" border="0" /></a><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">Se tem algo polêmico dentro do campo da Pedagogia é a sua definição. Muitos teóricos ainda debatem se a Pedagogia pode ser considerada como uma ciência ou como uma aglomeração de várias ciências. </span></span> <span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;"><br /><br />Como muitos pedagogos que apresentam esta dúvida, eu também refleti, neste espaço, sobre ela. Para tentar trazer uma visão mais ampla sobre o assunto, trago um dos referenciais teóricos mais importantes para tentar esclarecer tal indagação. O autor <span style="font-weight: bold; font-style: italic;">Albano Estrela, </span>em sua obra <span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Pedagogia ou Ciências da Educação,</span> afirma que a Pedagogia ainda é considerada como um conjunto de ciências devido a sua ligação epistemológica com as chamadas Ciências da Educação tais como: a Psicologia, a Sociologia, a Economia. Essa dependência existe devido a complexidade de seu objeto de estudo: a Educação. Desta forma, somente seria possível torná-la uma ciência após definir seu objeto criando sua metodologia a partir de sua teoria. </span></span> <span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;"><br />Portanto, o Estatuto</span></span><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;"> Epistemológico da Pedagogia não apresentam um único viés, afinal é formado por três grupos que discutem a origem do conhecimento. São eles:</span></span> <span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;"><br /><span style="font-style: italic;"><br />Os <span style="font-weight: bold;">inatistas</span>:</span> possuem uma epistemologia que afirma que o conhecimento nasce com o individuo;</span> </span><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;"><span style="font-style: italic;"><br />Os <span style="font-weight: bold;">ambientalistas</span>:</span> esses defendem uma epistemologia a qual se fundamenta no conhecimento adquirido pelo meio; e</span><br /></span><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;"><span style="font-style: italic;">Os <span style="font-weight: bold;">interacionistas</span>:</span> afirmam que o conhecimento nasce com o individuo e que se aperfeiçoa com o meio.<br /></span></span><span style="font-size:100%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9GhA6GrtFlsqENsZWjlMsVHU3AR6-1G1hM4HbVC52HV9KuOZD39wut33iHfmsRxniPjfQSYBTOKXtYPzxPDUwCs1DvmK2auNRkCuoxC_fVZZoOqBKX_ACYB90vTUWHuwgy4fbF0ucfkRF/s1600-h/Ideias.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 144px; height: 174px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9GhA6GrtFlsqENsZWjlMsVHU3AR6-1G1hM4HbVC52HV9KuOZD39wut33iHfmsRxniPjfQSYBTOKXtYPzxPDUwCs1DvmK2auNRkCuoxC_fVZZoOqBKX_ACYB90vTUWHuwgy4fbF0ucfkRF/s200/Ideias.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5371745140601061842" border="0" /></a></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">Diante desta análise, posso concluir que o Estatuto Epistemológico da Pedagogia apresenta definições distintas para cada visão do conhecimento. Após definir seu objeto de estudo, assim como para medicina seu objeto é o conh</span></span><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">ecimento do corpo humano e dos organismos que o afeta, ela poderá ser reconhecida como uma ciência.<br /></span></span></div>Juliana Barcellihttp://www.blogger.com/profile/08341052015234387116noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-559328891374757203.post-62157372768448568622009-07-20T18:35:00.000-07:002009-07-20T19:20:02.535-07:00O conceito de infância segundo Philippe Ariès<div face="georgia" style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh47kdDTFXWD5LMpLR65gWu-79VmQyc0qUw2gDsU8MgXcKd-ilxvhzC4u8iG7xaL7cE03DU_GXVtY9XiAobtV18TBbMYf5vt_xJVsxmxKKRF_8l6ju2mTAWt1S4RBHEKWDrG-OH27eL9RZX/s1600-h/duby.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 164px; height: 167px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh47kdDTFXWD5LMpLR65gWu-79VmQyc0qUw2gDsU8MgXcKd-ilxvhzC4u8iG7xaL7cE03DU_GXVtY9XiAobtV18TBbMYf5vt_xJVsxmxKKRF_8l6ju2mTAWt1S4RBHEKWDrG-OH27eL9RZX/s200/duby.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5360730493435987090" border="0" /></a><br /><span style="font-size:100%;">A concepção de criança que temos n</span><span style="font-size:100%;">a atualidade nem sempre perdurou por tod</span><span style="font-size:100%;">o o </span><span style="font-size:100%;">p</span><span style="font-size:100%;">e</span><span style="font-size:100%;">ríodo da existência da humanidade. Na verdade, os seres infantis já foram tidos como semelha</span><span style="font-size:100%;">n</span><span style="font-size:100%;">tes aos adultos e, portanto, tratados como tais.<br /><br />Hoje irei trazer o referencial teórico mais adequado para este tipo de discussão. </span><span style="font-size:100%;">O historiador francês Philippe Ariès traz com clareza três grandes momentos da história da humanidade que demarcam as distintas concepções de infância.<br /></span><br /><span style="font-size:100%;">A análise feita por</span><span style="font-size:100%;"> Ariès problematiza como o conceito de infância se deu nas construçõe</span><span style="font-size:100%;">s sociais de três períodos históricos: na Antiguidade, no século XIII ao século XVIII e no século XVIII a atualidade. No primeiro período, segundo ele, a criança</span><span style="font-size:100%;"> era considerada um adulto em miniatura por não haver distinção entre o mundo adulto e o mundo infantil, ou seja, a criança se “ingressava na sociedade dos adultos”. No segundo período, conforme evidencia o teórico, ocorreu uma mudança na pers</span><span style="font-size:100%;">pectiva de criança. Agora, a sociedade passa a prezar pela inocência da mesma, portanto, a separa da vida dos adultos ao enclausurá-la na instituição escolar sob vigia dos preceptores (professores). Por fim, o te</span><span style="font-size:100%;">rceiro período é caracterizado pela consolidação do conceito de infância. Ariès destaca que, neste período, a criança começa a ocupar o lugar central da família devido a ligação da mesma com a figura dos anjos que são tidos como eres puros e divinos.<br /></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo29n3IzI3P776COJ653CDnYAqecawNhk7Nfs87-euV0GWcb-iMyJGEyUXM11SpDoeAhPLfgpsqks-77vKTQol0ELPPgXMxKhcgmcNk-jgXqL_ZdKxhHGK63GJaoJVLC0kT_uRmFLWqEPm/s1600-h/menina-mulher.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 124px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo29n3IzI3P776COJ653CDnYAqecawNhk7Nfs87-euV0GWcb-iMyJGEyUXM11SpDoeAhPLfgpsqks-77vKTQol0ELPPgXMxKhcgmcNk-jgXqL_ZdKxhHGK63GJaoJVLC0kT_uRmFLWqEPm/s200/menina-mulher.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5360731000160269842" border="0" /></a><br /><span style="font-size:100%;">Diante desta exposiç</span><span style="font-size:100%;">ão </span><span style="font-size:100%;">v</span><span style="font-size:100%;">ale agora refletir: Será que as crianças da atualidade estão resgatando os atos daquela</span><span style="font-size:100%;">s</span><span style="font-size:100%;"> </span><span style="font-size:100%;">q</span><span style="font-size:100%;">ue vivera</span><span style="font-size:100%;">m durante o século XVIII? Podemos observar que, de certo modo, a infância passa a adquirir características semelhantes a con</span><span style="font-size:100%;">cepção que perdurou até o século XVIII. Afinal, as</span><span style="font-size:100%;"> crianças de hoje passam a se comportar, vestir e viver de acordo com o mundo adulto. Mas, </span><span style="font-size:100%;">de onde vem este resgate? Da mídia? Pouco sei res</span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOjfYM3dc1Ws19PJhFrqt7LWOD5iOD1VKt5MJCjZzGyvkhzl3I4kvKe6B3caB1Ix_SntTOeRCxMq39Y6vHDjrKuJOl8ND3Pg9lT-hZCb8xE4lD890CvGrwxghyglvEd3VfIpGCHvTXrK93/s1600-h/2E7823_2.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 138px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOjfYM3dc1Ws19PJhFrqt7LWOD5iOD1VKt5MJCjZzGyvkhzl3I4kvKe6B3caB1Ix_SntTOeRCxMq39Y6vHDjrKuJOl8ND3Pg9lT-hZCb8xE4lD890CvGrwxghyglvEd3VfIpGCHvTXrK93/s200/2E7823_2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5360731498623446578" border="0" /></a><span style="font-size:100%;">ponder, mas digo que, assim como os aparatos multimidiáticos surgem para ajudar a desenvolve</span><span style="font-size:100%;">r o</span><span style="font-size:100%;"> modo de vida humano também surgem para quebrar com a inocência das crianças. Colocar as criança</span><span style="font-size:100%;">s em condições de adultos ao ter acesso a conteúdos do mundo de seus pais, as propicia o contato com o “país das mercadorias” e com a “terra do consumo” fazendo delas pequenas consumi</span><span style="font-size:100%;">doras. Eis a lógica capitalista, corrompe “menores”, aliena a todos e </span><span style="font-size:100%;">se coloca com</span><span style="font-size:100%;">o única alterna</span><span style="font-size:100%;">tiva de sobrevivência da espécie humana.</span><br /><span style="font-size:100%;"><br /></span></div>Juliana Barcellihttp://www.blogger.com/profile/08341052015234387116noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-559328891374757203.post-13109019214898180712009-07-08T17:01:00.000-07:002009-07-09T14:46:34.067-07:00Resenha: Nietzsche e Educação<span style="font-size:100%;">NIETZSCHE, F. Segunda Dissertação "Culpa", "má consciência" e coisas afins. In: Genealogia da Moral. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.</span><br /><div face="georgia" style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcYk6wK9JdR5jgi6vCqezIijixYSusr_0M9FEN6DdzwUVoVWdzEDt3J6OhD4QSXjcu360WDPITY3wlffByoM2VLz6hvSpst0G5gu3_VQp9vAlMVi2BwXvnZIKXTHYuY1pn69hgojO5sLDi/s1600-h/nietzsche.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 148px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcYk6wK9JdR5jgi6vCqezIijixYSusr_0M9FEN6DdzwUVoVWdzEDt3J6OhD4QSXjcu360WDPITY3wlffByoM2VLz6hvSpst0G5gu3_VQp9vAlMVi2BwXvnZIKXTHYuY1pn69hgojO5sLDi/s200/nietzsche.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5356263571735153618" border="0" /></a><br /><span style="font-size:100%;">Neste texto</span><span style="font-size:100%;">,</span><span style="font-size:100%;"> Nietzsche ressalta que a memória é consolidada por meio da dor, ou sej</span><span style="font-size:100%;">a</span><span style="font-size:100%;">,</span><span style="font-size:100%;"> o sujeito busca na m</span><span style="font-size:100%;">emória a dor que lhe causou para não realizar a mesma ação que lhe </span><span style="font-size:100%;">aca</span><span style="font-size:100%;">rretará um tipo de sofri</span><span style="font-size:100%;">mento. Portanto, o que causa dor ao indivíduo produz memória. Dito de outra maneira, o homem projeta seu futuro por meio do conhecimento passado que foi</span><span style="font-size:100%;"> armazenado na memória por meio do sofrimento.<br /><br /></span><span style="font-size:100%;">Outro aspecto bastante relevante é considerar que Nietzsche afirma que a má consci</span><span style="font-size:100%;">ên</span><span style="font-size:100%;">cia deriva do sentimento de culpa que é cada vez mais afirmado pela quantidade de memorização e da formação de identidade </span><span style="font-size:100%;">humana por meio dos castigos e punições. Portanto, o </span><span style="font-size:100%;">indivíduo internalizando esse sentimento de culpa, ele próprio se pune ao reprimir suas vontades e desejos por meio da internalização de sua agressividade.<br /><br />Nietzsche destaca também sobre o golpe de mestre dado pela Igreja Católica que ilustra muito bem este quadro de internalização dos desejos, sacrificação das vontades, quando ela cria a imagem de Jesus sendo Deus e homem que se sacrifica pela humanidade. Neste c</span><span style="font-size:100%;">ontexto, as pessoas por se identificarem com Jesus, por ele ter sido homem, sentem-se como devedoras a quem tanto lhe sacrificou pela a conquista da salvação e </span><span style="font-size:100%;">sentem-se no dever de se sacrificar pelos outros a fim de pagar o sacrifício de Jesus. Portanto, é analisada a culpa e a dívida como coisas inseparáveis, como sinônimos.<br /><br />No ponto de vista pedagógico, pode-se analisar dois aspectos a partir deste texto de </span><span style="font-size:100%;">Nietzsche:</span><span style="font-size:100%;"> um que afirma que o educador deve agir como ser que conhece seu aluno para entend</span><span style="font-size:100%;">er como se dão as vontades de seus educandos; e outro em que o professor é visto como </span><span style="font-size:100%;">dominador de poder, afina</span><span style="font-size:100%;">l ao pensar que está ajudando alguém, na verdade, ele está querendo fa</span><span style="font-size:100%;">zer de seu aluno um ser espelhado em um modelo: o seu.<br /></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrOMj8LhwsZhgSW1JmYF6vBzfjcVk9qVl4blzLsO4L2HSVcNrC4n95f48mwkcA5Mye9lOuYMbl0ZxVy2pgu6E8_ql2MxJvn5rOuFJ9TmZtsw32YuL0Tq-L-qduXiHONYJEx70u37TRck-O/s1600-h/nietzsche2.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 146px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrOMj8LhwsZhgSW1JmYF6vBzfjcVk9qVl4blzLsO4L2HSVcNrC4n95f48mwkcA5Mye9lOuYMbl0ZxVy2pgu6E8_ql2MxJvn5rOuFJ9TmZtsw32YuL0Tq-L-qduXiHONYJEx70u37TRck-O/s200/nietzsche2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5356263806084959922" border="0" /></a><br /><span style="font-size:100%;">Diante destas análises, pode-se concluir que Nietzsche aponta que a construção da moral surge da memoriza</span><span style="font-size:100%;">ção da dor que leva o indivíduo a </span><span style="font-size:100%;">não cometer algo que não está presente nas leis. Desta forma,</span><span style="font-size:100%;"> </span><span style="font-size:100%;">o autor faz</span><span style="font-size:100%;"> uma crítica perante aqueles que acreditam que o convívio social depende excl</span><span style="font-size:100%;">usivamente do seguimento das leis. Afinal, sua ideologia está centrada em uma sociedade nã</span><span style="font-size:100%;">o calçada do ressentimento, mas sim em uma sociedade baseada na utilização da razão por meio de reflexões pessoais q</span><span style="font-size:100%;">ue, assim, ocasionam a livre ação dos sujeitos.<br /></span></div>Juliana Barcellihttp://www.blogger.com/profile/08341052015234387116noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-559328891374757203.post-28397624393887088992009-07-06T18:03:00.000-07:002009-07-08T18:07:18.335-07:00Resenha: Coménio e Educação<div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >COMÉNIO, J. A. Da disciplina Escolar; Da organização universal e perfeita das Escolas. In: Didáctica Magna. 3ª Edição. Praga: Fundação Calouste Gulbenkian, 1957.<br /></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWJzIHUyDcKPyvYMJwwU8YlI3Nst73OG3yaVaq6ej_NE-Mgbnx0vVFViKegdcfQkkbMRogfHyhwFwxKsnPm_f4rvkbCpvwnRPyuLFYcvq_5S6-hIgsGwRm3pCuyq0vG1lIBJ2NvqWyMNGb/s1600-h/comenius.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 183px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWJzIHUyDcKPyvYMJwwU8YlI3Nst73OG3yaVaq6ej_NE-Mgbnx0vVFViKegdcfQkkbMRogfHyhwFwxKsnPm_f4rvkbCpvwnRPyuLFYcvq_5S6-hIgsGwRm3pCuyq0vG1lIBJ2NvqWyMNGb/s200/comenius.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5356260385831293474" border="0" /></a><br /><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >A obra de Comé</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >nio possui uma perspectiva universal de educação na qual p</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >ro</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >cura</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > en</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >g</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >l</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >o</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >bar a tran</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >smissão da</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > consciência crítica mesclada com as virtudes de um homem religio</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >so.</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > Ou seja, </span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >utiliza </span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >o método de universalização do saber para expandir o conhecimento religios</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >o</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > </span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >qu</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >e </span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >levará o homem a salvação. Em síntese, ele defende a dis</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >seminação (tipografia) do conhecimento. Com isso, cria o material didático para facilitar a produção do conhecimento em massa. Esta preocupação de Coménio, com a educação em massa, deriva </span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >do período em que viveu marcado pela transição do feudalismo para o capitalismo, vivenciando o paradoxo entre o Antigo Regime e as forças produtivas capitalistas.</span><br /><br /><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >Em sua didática, Coménio estabelece os limites. Para quem exorbita é necessário</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" > a</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >plicar </span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >uma correção. Porém, ele defende que o ato violento é </span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >dado somente para casos extr</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >emos a </span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZAAnbW6-0JR5e9Jlaj7wmWJ0iOlMyBCrYUCW_pWmB79nY_0ZxfyNqcLHKu3_8pARCuTdXUCcIhbgEc3lrCi0cybbA1syjZpz0Q9stb2SOCs1iRbrZpfnTr8fWQ1Ry7i7wA8oaq2s6eMzk/s1600-h/image17.png"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 158px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZAAnbW6-0JR5e9Jlaj7wmWJ0iOlMyBCrYUCW_pWmB79nY_0ZxfyNqcLHKu3_8pARCuTdXUCcIhbgEc3lrCi0cybbA1syjZpz0Q9stb2SOCs1iRbrZpfnTr8fWQ1Ry7i7wA8oaq2s6eMzk/s200/image17.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5356257114777907842" border="0" /></a><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >fim de evitar a reincidência dos atos indesejáveis. Para ele, a melhor maneira de conserta</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >r o</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >s atos ilícitos é estimular com elogios quem pratica algo correto e repreender aqueles que e</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >xorbitam. Afinal, acredita que a punição psicológica é muito mais eficaz do que a punição física. Desta forma, Coménio promove as práticas de competição entre os alunos provenientes, também, do surgimento das sociedades pré-capitalistas que quebram com as sociedades feudais, n</span><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >o que diz respeito a estatização das classes sociais. Em suma, nasce a mobilização de classes devido ao caráter de competência do capital, ou seja, as pessoas podem mudar de condições financeiras e, por conseguintes, sociais por sua competência e não mais pela sua herança de riquezas.</span><br /><br /><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >Uma das características fundamentais na concepção moderna de educação em sua obra está no processo gradativo de educação. Portanto, as práticas de ensino passam a ser graduadas: ensino do conteúdo mais simples ao mais complexo, facilitando, deste modo, o processo de aprendizagem.</span><br /><br /><span style=";font-family:georgia;font-size:100%;" >Isto posto, pode-se concluir que as punições entre professor e aluno presentes até os dias atuais são provenientes do espírito competitivo e autoritário do modo capitalista de produção. </span><br /></div>Juliana Barcellihttp://www.blogger.com/profile/08341052015234387116noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-559328891374757203.post-23848946963917933892009-07-05T07:11:00.000-07:002009-07-05T07:15:35.285-07:00Resenha - Gestão e Educação<div style="font-family: georgia; text-align: justify;"><span style="font-size:100%;">AZEVEDO, Janete M. L. O estado, a política educacional e a regulação do setor educação no Brasil: uma abordagem histórica. In: Gestão da educação. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.<br /><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: georgia;">O artigo buscou mostrar como a educação no Brasil tornou-se alvo de políticas públicas. Para isto, foi preciso resgatar as influências do autoritarismo do período colonial sobre a cultura do país a fim de compreender a educação a partir do modelo de sociedade da época.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">No século XIX, o Brasil iniciou o processo de libertação do domínio português o que não trouxe grandes mudanças na educação do país porque a política brasileira permaneceu estruturada da mesma forma que a sociedade do período colonial, baseada nos grandes latifúndios e no trabalho escravo. O que ocorreu de fato foi apenas o fortalecimento do poder privado. Neste momento de conservação, estão embutidos os princípios do liberalismo, que se baseiam na utopia de uma sociedade livre que na prática atende as expectativas da burguesia ao ampliar sua ordem e legitimar a escravidão. A Primeira Constituição de 1824, ilustrou muito bem este quadro de conservadorismo, nela encontrava a garantia dos direitos civis e políticos dos cidadãos todavia os escravos, que compunham a maior parte da sociedade, não eram reconhecidos como tais, ou seja, a cidadania era reservada apenas aos indivíduos proprietários de alta renda.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">No que diz respeito a educação, o artigo 179 da Constituição garantia aos cidadãos gratuidade no ensino primário e o acesso aos colégios e universidades. Foi neste momento que a educação escolar começou a ter um caráter de manutenção de um certo padrão de sociedade, isto decorreu de sua própria estrutura que era fortemente marcada pela dualidade educacional ao reservar “os cursos preparatórios, o ensino secundário acadêmico e o superior” para as elites que futuramente acabavam ocupando os cargos públicos dos quais fortaleciam, cada vez mais, sua própria hegemonia e, ao dirigir à “educação do povo” o ensino primário e o secundário público e gratuito do qual homens aprendiam os ofícios manuais e as mulheres as prendas do lar que, mais tarde, deu espaço ao ensino preparatório para a prática do “magistério primário”. Porém, o sistema de ensino reservado aos pobres foi utilizado na íntegra pelas “classes médias emergentes”.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">A educação neste contexto, era pouco discutida no Brasil, pois a preocupação do momento estava no sistema econômico agroexportador que, por sua vez, dependia por completo da violação dos direitos políticos da maior parte da população que era composta pelos escravos e pelos imigrantes estrangeiros.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">Apesar disso, na segunda metade do século XIX, iniciou a preocupação com a expansão da educação sob influência internacional dos adeptos ao liberalismo. Mesmo assim, a educação ainda não era vista como uma “questão nacional”. Apenas com a união das reivindicações da classe média com o empresariado urbano é que surgiu um “projeto de moralização dos processos políticos” do qual deu forças para a criação de universidades no país. No entanto, o fantasma do dualismo educacional ainda rondava a educação brasileira.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">No meio desses acontecimentos, existia uma triste realidade na alfabetização da maior parte da população brasileira, cerca de 80% dos indivíduos eram analfabetos, é neste quadro que a educação passa a atender as massas por meio de “campanhas de alfabetização” que surgem com o “fortalecimento do grupo urbano-industrial”. No entanto, o que se pretendia com a expansão do ensino era legitimar o poder político nas mãos das elites.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">Em 1924 foi fundada no Brasil, a Associação de Educação Brasileira (AEB) que forneceu “espaços de estudo para a causa educacional e pela sua propagação” para implantar uma “política nacional regulada pelo poder central” com o intuito de fazer dos profissionais da educação indivíduos “reconhecidos socialmente”. Enquanto isso, o país procurava melhorias sociais em uma reforma “cívica e moral” ao tentar exterminar a ignorância e “garantir o voto consciente” a todos para “formar e organizar a opinião pública”.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">Na educação, estas melhorias viriam com a universalização do ensino primário, laico, obrigatório e gratuito e com a “unificação do sistema dual”. Portanto, o que ocorria neste contexto, era a separação entre Igreja e Estado que retira o domínio do ensino privado das responsabilidades religiosas. Diante desta impotência da Igreja Católica, foi criado o Pastoral documento que reivindicava a volta do ensino religioso e o “reconhecimento do Estado como nação católica”. Observa-se, neste momento, que a Igreja se posicionava contra a laicidade do ensino e a favor da privatização, principalmente, dos “níveis médios”.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">Opondo-se aos ideais de privatização da Igreja Católica, surgiu, a partir da AEB, os “pioneiros da educação” que buscaram difundir os princípios da Escola Nova ao defender a “universalização e a laicidade do ensino primário” .<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">Nesta mesma perspectiva foi criado, na década de 30, o Ministério da Educação e da Saúde instituído pelo Conselho Nacional de Educação e o Conselho Consultivo do Ensino Comercial “responsáveis pelo estabelecimento das diretrizes nacionais para os ensinos primários, secundário, superior e técnico-profissional e por sua unificação a partir do poder central”.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">Envolvida nestas poucas conquistas do campo educacional, a Constituição de 1934 coloca todas as responsabilidades de planejamento nacional de todos os níveis educacionais para a União.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">Para entender melhor como a educação se deu a partir do processo de modernização brasileira, é preciso separar os acontecimentos em torno desta, em duas principais fases.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">A primeira delas mostra que a educação primária foi vista como um veículo para a qualificação de mão-de-obra e para o estabelecimento de um mercado consumidor.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">Com a crise de 29, o Brasil modifica sua economia por completo, passando de agroexportador para importador. É neste momento, que o processo de industrialização surge e com ele nasce a necessidade de implantar novas tecnologias, o que não significa que o país passou a não exportar mais, pelo contrário, eram as exportações que permitiram a entrada da indústria no Brasil. Devido as essas tecnologias, a educação brasileira passa a ter necessidade de incorporar uma nova estrutura educacional para atender a demanda da modernização do país. Portanto, foi preciso expandir a educação e aumentar os “níveis de escolarização”.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">Com este espírito de universalização da educação é que a Constituição de 1934 determina que o Estado deve ofertar o ensino primário gratuito e obrigatório.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">Outra transformação no campo educacional está contida na “reforma de Francisco Campos” que fortalece a estrutura do ensino técnico-profissional, nesta expectativa o terceiro setor cria o SENAI (Serviço Nacional da Indústria), e o SENAC (Serviço Nacional do Comércio).<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">Desta forma, a educação se molda, neste período, da seguinte forma: o ensino primário pré-vocacional e o profissional para as pessoas sócio-economicamente desfavorecidas, o ensino primário e secundário propedêuticos e o ensino superior para as classes médias. Portanto, o que se observa é a valorização da educação para as elites e o acesso as séries iniciais da educação primária para os “trabalhadores urbanos”.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">Foi neste momento que as classes médias iniciaram sua luta pela equivalência entre o ensino médio e o acadêmico para lhe possibilitar o acesso ao ensino superior. Contudo, a “escolarização primária universal” ainda não era entendida como prioridade na educação brasileira.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">Na segunda fase, as classes médias visavam manter o projeto de industrialização no país. Para isto, os educadores que tinham uma postura liberal-democrática, conquistaram com a Constituição de 1946 o direito a escola básica. Além disso, a União deveria legislar sobres as LDB's da educação nacional. Mas ainda o ensino das massas ainda não era um assunto prioritário para a educação brasileira apesar da intensificação dos elementos da modernização no país.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">A promulgação da LDBN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) em 1961 atendeu aos interesses do setor privatista ao invés dos interesses “sociais emergentes”.<br /><br /></span><span style="font-family: georgia;">Diante de tanta desigualdade seja ela de cunho social ou educacional, as massas iniciaram seu processo de reivindicações perante as “oligarquias tradicionais” comandadas pelas classes dominantes. Nasce, portanto, neste momento a necessidade de implantar um novo “referencial normativo” no campo educacional. </span><br /></span></div>Juliana Barcellihttp://www.blogger.com/profile/08341052015234387116noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-559328891374757203.post-65852899664474319712009-07-03T21:28:00.000-07:002009-07-09T14:54:14.651-07:00Capítulo II – Os estágios do desenvolvimento humano e a busca do equilíbrio do indivíduo entre suas disposições naturais e suas disposições sociais<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBsjSH6uqIu7G7VsIa8Zy_6y2Qixc8DdhV0rIgR9yZEM_2AQbQN_m-mzcZYG-j8Wv_eQVWSlaKmlLfpSET_oSmKJwAdJL-cqlFUCjx0_9sgjHmmqljkA_KO_GT-Fbo2Ur2XzXedzY6Hbym/s1600-h/Rousseau4.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 151px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBsjSH6uqIu7G7VsIa8Zy_6y2Qixc8DdhV0rIgR9yZEM_2AQbQN_m-mzcZYG-j8Wv_eQVWSlaKmlLfpSET_oSmKJwAdJL-cqlFUCjx0_9sgjHmmqljkA_KO_GT-Fbo2Ur2XzXedzY6Hbym/s200/Rousseau4.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5356581931688889986" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Rousseau declara a importância dos estágios na educação por conta do desenvolvimento humano. Ele acredita que o homem nasce puro o que lhe corrompe é a sua relação com a sociedade. Por isso, julgava importante manter o indivíduo isolado das grandes cidades a fim de que se prepare para entrar em relação social isento da impregnação da civilização. Para Rousseau, o sujeito somente estaria preparado para entrar em contato com o mundo social quando chegasse a adolescência, período considerado por ele como o período da maturidade, quando o sujeito torna-se um ser moral capaz de diferenciar seus desejos de seus deveres, é o chamado cidadão de corpo e alma. Isto porque, o educador busca estimular em seu aluno a capacidade crítica por meio do seu conhecimento das características próprias de seu educando. Por isso, seu lema era: conheça seu aluno. Após este estágio educativo, o sujeito estaria preparado para alcançar o equilíbrio entre as disposições naturais do homem com suas disposições sociais. Em outras palavras, o indivíduo consegue realizar seus desejos e suas escolhas sem quebrar com as normas da civilização. Portanto, o sujeito precisa de seu livre arbítrio para tomar suas decisões sem esquecer das limitações do cotidiano social. É claro que Rousseau deixa explícito a dificuldade que o sujeito encontrará ao tentar equilibrar esses dois aspectos: civil e natural. Mas, é necessário que isto ocorra para que o sujeito torne senhor de si mesmo sem que haja alguém para lhe comandar.<br /><br />Dito isto, é importante concluir que o filósofo Rousseau defensor da liberdade e da igualdade entre os homens contribuiu muito para o surgimento da Pedagogia Moderna porque defendia com unhas e dentes a criticidade do aluno proveniente das suas características particulares. Esta concepção deu origem a estrutura-cognitiva defendida por Piaget e por tantos outros teóricos da psico-pedagogia que acreditam que a educação somente ocorre por meio da construção conhecimento a partir dos conhecimentos prévios do aluno. Outro ponto relevante na sua contribuição é que o aluno por ser um sujeito capaz de pensar e refletir sobre o mundo, a educação agora possui um caráter bidirecional do qual aluno e professor aprendem e ensinam constantemente. Desta forma, é apoiada a idéia de que o autoritarismo pedagógico deve ser abolido para que os homens não apenas reproduzam e conservem os elementos sociais, mas os transforme.<br /><br />Portanto, diante de todo este apoio teórico em torno das idéias de Rousseau, pode-se concluir que este pensador é a base da Pedagogia Moderna.<br /></span></div>Juliana Barcellihttp://www.blogger.com/profile/08341052015234387116noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-559328891374757203.post-74836833048507569532009-07-03T21:27:00.000-07:002009-07-09T14:52:49.112-07:00Capítulo I – A soberba intelectual na relação professor-aluno<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOF4jBXj9tzljXhjRPzOtPvAeMBlaR2NoYCmGNv601Gyxq5oBDPCGxLgpYhKw_x4uHYsZlYJiKy2ohRvpfHIgeXWJPJCkBlY6dA2FjLUXlMREJXmZiprDYKtAcaZhVrnu_E6_QB_C2EM_a/s1600-h/rousseau.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 162px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOF4jBXj9tzljXhjRPzOtPvAeMBlaR2NoYCmGNv601Gyxq5oBDPCGxLgpYhKw_x4uHYsZlYJiKy2ohRvpfHIgeXWJPJCkBlY6dA2FjLUXlMREJXmZiprDYKtAcaZhVrnu_E6_QB_C2EM_a/s200/rousseau.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5356581376575560002" border="0" /></a><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:georgia;">Quando o filósofo iluminista do século XVIII contesta a soberba intelectual, ele combate as idéias vigentes de sua época que caracterizam a educação como um mero instrumento reprodutor de conhecimentos da vida adulta, fazendo, desta forma, com que as crianças se tornem adultos em miniatura. Isto ocorre devido ao ideal capitalista de adquirir mão-de-obra de forma acelerada, o que ocasiona a alienação dos indivíduos perante as desigualdades entre os homens. </span></span><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:georgia;">É neste ponto que é válido destacar o método da Pedagogia de Comenius, que é ensinar tudo a todos de forma mais rápida buscando a universalização do conhecimento por meio da organização e da sistematização do saber. Observa-se, portanto, que o período de transição do feudalismo para o capitalismo centraliza suas energias, no ponto de vista educacional, no conhecimento do professor, dando espaço para o surgimento do autoritarismo do educador.</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:georgia;">Ao enfatizar o autoritarismo pedagógico, pode-se fazer uma analogia deste com o pensamento de Galileu escrito por Brecht: infeliz é o sujeito que descarta seu pensamento crítico para seguir uma verdade imposta por outro. Neste pensamento, é evidenciado a ignorância que o aluno pode viver ao acreditar que o professor é a fonte da verdade absoluta. </span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:georgia;">Tentando demonstrar o papel da criança na educação, que Rousseau parte de pressuposto básico do qual inicia toda sua teoria: mostrar que a educação é fonte demonstrativa dos interesses particulares da criança fazendo com que ela encontre sua capacidade de interpretar tudo que está em sua volta.</span></span><br /></div>Juliana Barcellihttp://www.blogger.com/profile/08341052015234387116noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-559328891374757203.post-50566090715914884022009-07-03T21:25:00.000-07:002009-07-03T21:26:42.962-07:00Rousseau, pai da Pedagogia Moderna<div style="text-align: justify; font-family: georgia;"><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;font-size:100%;" >Algumas razões para a proposta de Rousseau e seu marco na Pedagogia Moderna</span><br /></div><span style="font-size:100%;"><br /><br />Para compreender o motivo pelo qual Rousseau é considerado o marco da Pedagogia Moderna é necessário enfatizar três pontos essenciais do seu pensamento: a crítica a soberba intelectual presente na relação professor-aluno, a defesa de uma educação dada em estágios e a busca do equilíbrio do indivíduo entre suas disposições naturais e suas disposições sociais.</span></div>Juliana Barcellihttp://www.blogger.com/profile/08341052015234387116noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-559328891374757203.post-88654964448925991372009-07-03T21:04:00.001-07:002009-07-03T21:04:34.932-07:00Vai-e-vem<span style="font-weight: bold;font-family:georgia;" >Materiais utilizados</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">2 garrafas de refrigerante do tipo PET.</span><br /><span style="font-family:georgia;">4 caixas de leite longa vida.</span><br /><span style="font-family:georgia;">2 barbantes de varal de 1,5 metros de comprimento cada um.</span><br /><span style="font-family:georgia;">Fita adesiva.</span><br /><span style="font-family:georgia;">Tesoura sem ponta.</span>Juliana Barcellihttp://www.blogger.com/profile/08341052015234387116noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-559328891374757203.post-1348583895260124412009-07-03T20:52:00.001-07:002009-07-03T21:01:59.887-07:00Procedimentos<span style="font-size:100%;">1. Junto à criança cortei as duas garrafas de tipo PET ao meio. Iniciei com um pequeno corte</span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7YDHflzjIhHd-RwHkKqFbl8l1i2yyZrUN29OMJ56a12DL9ApAh6HB5wZFVa5vA11Xn6u9PXv8ufUdVS9MYxs73b1HotAQdKzGoKKJxTJ5ECWT1dszyFuriish2Y4U-C_b42W8-owkM6nF/s1600-h/10-05-09_1417.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 126px; height: 168px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7YDHflzjIhHd-RwHkKqFbl8l1i2yyZrUN29OMJ56a12DL9ApAh6HB5wZFVa5vA11Xn6u9PXv8ufUdVS9MYxs73b1HotAQdKzGoKKJxTJ5ECWT1dszyFuriish2Y4U-C_b42W8-owkM6nF/s200/10-05-09_1417.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5354450137636517794" border="0" /></a><span style="font-size:100%;"> c</span><span style="font-size:100%;">om o estilete devido à ausência de ponta na tesoura e a falta de coordenação motora que a cri</span><span style="font-size:100%;">a</span><span style="font-size:100%;">nça </span><span style="font-size:100%;">apresentava para realizar a tarefa.<br /><br /></span><br /><span style="font-size:100%;">2.Depois pedi para a criança encaixar as duas partes de cima das garrafas, uma à outra.<br /></span><br /><span style="font-size:100%;">3. De modo que as d</span><span style="font-size:100%;">uas garrafas permanecessem encaixadas, pedi para a criança passar em volta </span><span style="font-size:100%;">do ponto de ligamento entre elas, a fita adesiva transparente.</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuLENxrqAalXq-JFeMXN_ZAxVVtmoXS-tRnJ6t4VQ3XTYVmvSmhKC6JBoQ_Gbkea6Jlfln54S4L5SvA-s4gRwf9NI0TeE9NakmDJcb48BmUXco_pksFRiuBmTwRb740oQIfLogAJmvvuE7/s1600-h/10-05-09_1428.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 164px; height: 123px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuLENxrqAalXq-JFeMXN_ZAxVVtmoXS-tRnJ6t4VQ3XTYVmvSmhKC6JBoQ_Gbkea6Jlfln54S4L5SvA-s4gRwf9NI0TeE9NakmDJcb48BmUXco_pksFRiuBmTwRb740oQIfLogAJmvvuE7/s200/10-05-09_1428.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5354448317382458690" border="0" /></a><br /><span style="font-size:100%;">4. Cortei dois pedaços de barbante que apresentavam 1,5 metros cada um e pedi para criança pa</span><span style="font-size:100%;">ssar os cordões pelo corpo do vaivém, conforme ilustra a foto. Além disso, pedi para ela tomar cuidado para que os barbantes não se cruzem.<br /></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkJQ_bWrWEQJqkX5hpQz-2Gpi8jiT13QbHzqhBBX4JkGzfeG-NfUyse_xviK07dLMJpYl_TI-ODnK4WneYNl4x3dcuWVe6e8VWreU_auSnsCdHOXLMfzeh4HCL3oXiJiUJdUQRbJTsQ_zU/s1600-h/10-05-09_1430.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 136px; height: 181px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkJQ_bWrWEQJqkX5hpQz-2Gpi8jiT13QbHzqhBBX4JkGzfeG-NfUyse_xviK07dLMJpYl_TI-ODnK4WneYNl4x3dcuWVe6e8VWreU_auSnsCdHOXLMfzeh4HCL3oXiJiUJdUQRbJTsQ_zU/s200/10-05-09_1430.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5354448937790777874" border="0" /></a><br /><span style="font-size:100%;">5. Em seguida, mostrei a criança que a distância dos dois barbantes teria que ser a mesma de modo que o corpo do vai-e-vem pudesse se mover igualmente de um lado para o outro.<br /><br />6. Para fazer as alçinh</span><span style="font-size:100%;">as do brinquedo, ped</span><span style="font-size:100%;">i para a criança enrolar as quatro caixas d</span><span style="font-size:100%;">e leite longa vid</span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGN98AxF24tnXC_1B0vLxcIgsFQIMmNb3JtzyPXelc1BCiqUBgnaLc978kFuK7ELbQbjzGD4aOmRgK5Rg9AyX-hEzKOmlpwMpAKvjVOJ2S4tvkRXq9HZ2oRnAKjcuTBRs1Jkpr4mGsHtPw/s1600-h/10-05-09_1453.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 170px; height: 127px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGN98AxF24tnXC_1B0vLxcIgsFQIMmNb3JtzyPXelc1BCiqUBgnaLc978kFuK7ELbQbjzGD4aOmRgK5Rg9AyX-hEzKOmlpwMpAKvjVOJ2S4tvkRXq9HZ2oRnAKjcuTBRs1Jkpr4mGsHtPw/s200/10-05-09_1453.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5354449438613312258" border="0" /></a><span style="font-size:100%;">a.<br /><br />7. Para finalizar a cons</span><span style="font-size:100%;">trução das alças, ensinei a criança a realizar um nó no barbante já colocado n</span><span style="font-size:100%;">a c</span><span style="font-size:100%;">aixa de leite longa vida para que não ocorresse nenhum desencaixe d</span><span style="font-size:100%;">urante a brincadeira.<br /></span><br /><span style="font-size:100%;"><br /><br />8. A</span><span style="font-size:100%;">pós todos esses processos o brinquedo foi finalizado.<br /><br />9. Foi só diversão.</span>Juliana Barcellihttp://www.blogger.com/profile/08341052015234387116noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-559328891374757203.post-35717763087203158932009-07-03T19:29:00.000-07:002009-07-06T18:07:28.348-07:00Por que brincar com o vai-e-vem?<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:georgia;">Esta atividade tem como objetivo resgatar na criança o prazer de brincar com brinquedos que seus familiares brincaram. Para tanto é preciso desenvolver na criança uma sensibilidade de criar seus próprios brinquedos, trabalhar com o lúdico, fazer com que o aprendizado desta atividade sirva para a vida, obter momentos de lazer e acima de tudo unir o prazer de brincar e se divertir. Pretende-se também iniciar com a criança a importância da preservação da natureza, reciclando garrafas plásticas e caixas de leite longa vida que são os materiais que mais demoram a degenerar no meio ambiente. </span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:georgia;"><br />Além desses pressupostos, a realização da atividade tem como objetivo primordial despertar na criança a curiosidade, propor desafios na construção do brinquedo e buscar o desenvolvimento psico-motor da criança baseado nos movimentos das mãos e dos braços assim como a capacidade de raciocínio.</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:georgia;"><br />Desta maneira, esta atividade procurará desenvolver na criança seu aspecto mais infantil que está sendo perdido diante de tantas informações, que a mesma recebe através da mídia e outros meios de comunicação antes mesmo de ingressar na vida escolar, tantas informações que na maioria das vezes acabam prejudicando as crianças, que não são capazes de selecioná-las, o que pode levá-las até mesmo a não desenvolver o seu potencial de criatividade e seu envolvimento com o seu grupo de relacionamento, levando-as a atitudes individualistas.</span></span><br /></div>Juliana Barcellihttp://www.blogger.com/profile/08341052015234387116noreply@blogger.com0